A campanha SOU NTAVASE é baseada em histórias de vida verídicas de raparigas e mulheres que foram violadas sexualmente, seu rastreio e posterior acompanhamento até a busca pela justiça. As violações sexuais a menores tem acontecido numa altura em que mulheres, raparigas e crianças do sexo feminino são regularmente submetidas a violência física e sexual, à iniciação sexual precoce e ao feminicídio.
A Assembleia da República aprovou em 2019, a Lei nº 19/2019, de 22 de Outubro, Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras (LPCUP), a qual tem por objecto a proibição, prevenção e mitigação das uniões prematuras, a penalização dos seus autores e, ainda, a protecção das crianças que se encontrem ou se encontravam nessas uniões.
Os pais e encarregados de educação que pouco percebem a importância da escola podem pressionar as filhas a submeterem-se às uniões prematuras, uma vez que com as escolas encerradas, devido à pandemia do novo Coronavírus, elas permanecem mais tempo em casa.
Decorreu hoje (22) em Maputo, o Workshop Sobre a Implementação da Lei de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras com os Líderes Comunitários, Religiosos, membros do Sector da Justiça, da Saúde, da PRM, da Educação e da Sociedade Civil.
A Campanha SOU NTAVASE, implementada pela Associação Sócio Cultural Horizonte Azul –ASCHA em parceria com a WLSA Moçambique e o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC é baseada em histórias de vida de raparigas e mulheres que foram violadas sexualmente, os quais temos vindo a disseminar via redes socias da ASCHA, WLSA Moçambique e ROSC, onde verificamos com toda alegria que os internautas tem vindo a acompanhar e a apoiar as vítimas e sobreviventes de forma incondicional.