Campanha Contra a Violência SexualCampanha Contra a Violência SexualA Campanha SOU NTAVASE, implementada pela Associação Sócio Cultural Horizonte Azul –ASCHA em parceria com a WLSA Moçambique e o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC é baseada em histórias de vida de raparigas e mulheres que foram violadas sexualmente, os quais temos vindo a disseminar via redes socias da ASCHA, WLSA Moçambique e ROSC, onde verificamos com toda alegria que os internautas tem vindo a acompanhar e a apoiar as vítimas e sobreviventes de forma incondicional.


Como é sabido e visto por todos, casos de violência contra crianças e mulheres estão a ser divulgados pelo país todos os dias via mídias tradicionais, assim como pelas redes sociais. Por isso, todas as semanas e, em cada quarta-feira, trazemos para o prezado/a internauta mais uma história de violação sexual para acompanhar e juntos tentar encontrar uma solução rumo a justiça.


Nesta senda, esta semana iremos contar uma história que abalou no principio deste mês o pacato Bairro de Matadouro, Província de Nampula e chegou a nós através da Associação OPHENTA que trabalha na área de protecção dos direitos das crianças.


Mirela, Shayda e Cleúsia (nomes fictícios), são meninas dos seus 10, 9 e 8 anos de idade, que vivem no Bairro de Matadouro, com as suas famílias na Província de Nampula, que ainda são crianças e que deveriam estar a sonhar sonhos de sua idade e quiçá com um futuro risonho pela frente, mas, infelizmente os seus sonhos foram arrancados pela força, por um homem adulto de 30 anos que usou da força, manipulação e do poder físico para violar de forma sistemática as três raparigas.


Para lograr os seus intentos e satisfazer os seus apetites sexuais ele as aliciava com moedas de 2 a 5 meticais e, assim de forma inocente as crianças o seguiam para a sua casa, local este, aonde aconteciam as violações.


O agressor já vinha fazendo estas orgias com as três meninas durante os últimos três meses sem que os pais das meninas suspeitassem que alguma coisa se passava com as meninas e nem os próprios vizinhos suspeitavam que aquele vizinho era um bandido.


O que ninguém podia imaginar é que as três meninas eram violadas de forma sistemática, onde o agressor fazia com que elas assistissem filmes pornográficos juntamente com ele, e de seguida as preparava para fazerem as suas sessões de orgia macabra, aonde as crianças eram submetidas ao sexo oral, anal e vaginal.


O perpretador das violações sabia que o que estava a fazer era errado e por isso ameaçava as meninas e dizia-lhe que se contassem às suas mães ele mataria a elas juntamente com os familiares.


Este drama aconteceu por cerca de três meses e foi despolectado quando uma das meninas foi parar ao hospital do bairro com fissuras (feridas) no ânus e mediante observação dos médicos foi descoberto que as feridas não eram feridas normais e de seguida chamaram os pais das meninas para lhes informar que aquele problema era uma violação que a menina havia sofrido e era preciso operar para que ela voltasse pelo menos ao normal e que havia a necessidade de ela contar a verdade sobre a violação.


Depois que a menina contou o sucedido, foi accionada a polícia para averiguar e apurar a veracidade dos factos, aonde mediante deligências a polícia aferiu que ele violava mais duas meninas, isto é, ele violava as três meninas em simultâneo.


Depois de se saber desta verdade, as duas meninas foram identificadas e encaminhadas também para o hospital, de onde veio a descobrir-se que elas tem ferimentos (uma tem feridas na garganta e a outra menina tem feridas na vagina).


Graças a pronta intervenção da Associação OPHENTA de Nampula, que de tudo fez e ainda faz para acompanhar, apoiar e assistir este caso, da polícia que está a rastrear o paradeiro do criminoso e da Procuradoria da Cidade de Nampula que não vai deixar morrer o caso até que se cumpra a justiça, onde espera-se que o criminoso seja capturado, julgado e preso.


Neste momento a polícia está ao encalço do violador que após ser alertado de que fora descoberto, pôs-se em fuga e está em parte incerta. Mas a polícia prometeu que não irá descansar enquanto não encontrar este criminoso e lavá-lo a barra da justiça para que responda em juízo.


Assim, o Caso destas Ntavase`s está nas mãos da Procuradoria da Cidade de Nampula e da Polícia que prometeu fazer de tudo para achar e encontar este foragido da lei.


Este é mais um caso que exige e grita por justiça!


Assim, esperamos que a polícia encontre o violador das meninas e que o mesmo seja exemplarmente punido!

Justiça à Ntavase!

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