Momentos que marcaram um desfecho que se considera feliz para as organizações da sociedade civil e as activistas sociais que directa ou indirectamente estiveram por detrás deste caso (desde o acompanhamento, assistência a família Ntavase) que culminou com um resultado positivo, pois o estuprador, o violador da Ntavase apanhou uma pena de 24 anos de cadeia e apagar uma indemnização de 150 mil meticais.
Organizações como a Associação Sócio Cultural Horizonte Azul- ASCHA, o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança – ROSC e WLSA Moçambique mostraram a sua satisfação em relação a este desfecho, apesar de saber que ainda há muito por se fazer no que concerne a saúde mental e social da Ntavase, uma vez que foi-lhe roubada a infância e não existe nenhum valor que possa apagar o estrago que o estuprador fez.
Adiante, as organizações reconhecem ainda que é preciso se fazer um acompanhamento de raiz à Ntavase e a outros casos que estão sendo rastreados por esta coligação, uma vez que esta não é a primeira e nem será a última Ntavase a existir, pois acreditam que existem outras Ntavases espalhadas por Moçambique que precisam de ser identificadas e ajudados rumo a justiça.
Estas organizações também estão preocupadas com os elevados índices de violações e principalmente de violações de menores em Moçambique, pois os números de casos reportados pelos Mídias Tradicionais e Redes Sociais sobre casos de violência sexual são assustadores, o que demonstra que é preciso agir e exigir as instituições competentes a se posicionar para conter este tipo de crimes.
Recordar que foi em Junho que a ASCHA em parceria com o ROSC e a WLSA Moçambique lançaram a Campanha Nacional designada “Somos Ntavase: Fui Violada e Exijo Justiça”, com o objectivo de agir contra a violência de género, com maior enfoque para a violência sexual, responsabilizando instituições públicas e a sociedade em geral a posicionar-se e falar/debater contra este mal (cuidando das vítimas e sobreviventes).