Activistas do Movimento EU+ identificaram, na última semana, um caso de união prematura envolvendo uma rapariga de 17 anos e um jovem de 19 anos de idade, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.


O caso remonta a um ano, aquando do namoro que resultou em gravidez precoce. Diante da situação, os dois passam a viver maritalmente na casa da mãe da rapariga. Testemunhas referem que, apesar disso, o rapaz pernoitava regularmente na casa dos seus progenitores, no bairro Chiuarauara, indicando que a união era de domínio não apenas da mãe da menina, mas também dos pais do jovem.

Confrontada com o problema, a mãe da menina diz não saber que a união é ilegal, prometendo, imediatamente, pôr fim à relação. O caso está a ser monitorado pelos activistas sociais para posterior responsabilização e resgate da rapariga que frequenta a 7ª classe na Escola Primária Completa de Mulapai.

A descoberta do caso surge no âmbito das sessões da divulgação da Lei de prevenção e combate às uniões prematuras (LUP) realizada no bairro Cariacó, naquela cidade, que alcançou cerca de 279 pessoas, das quais 152 cento e cinquenta e dois do sexo feminino e 127 cento e vinte e sete do sexo masculino.

De recordar que o Movimento EU+ é uma iniciativa do Fórum da Sociedade Civil Para os Direitos da Criança (ROSC), Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), WLSA Moçambique, Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, Rede da Criança, Rede CAME, JOSSOAL (Manica), UKHAVIERA e PROMURA (Cabo Delgado), Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Mulher – MAHLAHLE (Inhambane), Soproc – Rede de Protecção da Criança de Sofala, ACABE – Associação Amigos da Criança Boa Esperança (Niassa) e Okhala W'Amiravo (Nampula), Financiado pelo programa Igual e Save The Children em Moçambique.

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