“…não se deve ter medo de falhar, mas deve-se trabalhar para superar as falhas. Vamos trabalhar para responder aos desafios que se colocarem a frente do FMO” afirmou Benilde Nhalevilo, Directora Executiva do ROSC na tomada de posse
Decorreu no dia 19 de Julho de 2023, na cidade de Maputo, o evento de fecho do projecto “Elevando o valor do dinheiro ao serviço do cidadão – Monitoria da Gestão de Finanças Públicas” e de tomada de posse dos novos órgãos sociais que irão liderar o Fórum de Monitória do Orçamento – FMO nos próximos três anos. O evento é organizado pelo Consórcio FMOMais, representado pela Associação Nweti, pelo Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil - CESC e pelo Grupo Moçambicano da Dívida e conta com a presença de representantes dos Governos dos Distritos de implementação do projecto, parceiros de implementação e membros da Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República (CPO).
A cerimónia foi marcada pela entrega de pastas e tomada de posse da nova coordenação do FMO que será liderada pelo ROSC. Refira-se que a antiga coordenação, nos últimos três anos, era liderada pelo Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD). Este momento também foi marcado pelas intervenções do líder da organização cessante, Prof. Adriano Nuvunga Director Executivo do CDD e da Directora Executiva do ROSC, Benilde Nhalivilo, líder eleita.
O Prof. Adriano Nuvunga iniciou a sua intervenção reconhecendo que houve vários desafios e ganhos durante este período de liderança do FMO pelo CDD, tendo agradecido especialmente ao povo moçambicano pela compreensão e pelo apoio nestes anos de coordenação do Fórum. “Assumimos a coordenação do FMO em 2019, hoje, como produto da democracia interna passamos as pastas para o ROSC, que é representada pela Benilde” - avançou.
Nuvunga reconheceu ainda que a chegada da Covid-19 foi um momento difícil para a implementação das atividades do FMO. E no que diz respeito às responsabilizações das “dívidas ocultas" afirmou que podiam ter feito mais.
Por sua vez, a Directora Executiva do ROSC, Benilde Nhalivilo, durante a tomada de posse afirmou estar ciente dos desafios que é assumir uma plataforma de tamanha responsabilidade, num contexto em que o país vive a situação de conflito de terrorismo no Norte, sucessivos desastres naturais. “Temos a sorte de assumir a liderança de uma coordenação cuja parte das organizações faziam parte da liderança. Por isso será preciso aprender dos outros e capitalizar os ganhos alcançados” – avançou.
Nhalevilo também fez recordar que como nação estamos numa altura em que a dívida pública está no teto de 14,5 mil milhões. A dívida externa atingiu 10,1 mil milhões e a dívida interna ronda 4,4 mil milhões de dólares americanos. Por isso, é dever de todos moçambicanos desde o Governo, Sociedade civil e Instituições Privadas para contribuir na advocacia para gestão transparente das Finanças Públicas.
Recordar que o FMO é uma plataforma constituída por Organizações da Sociedade Civil estabelecida em 2010 com foco na monitoria da gestão das Finanças Públicas com o propósito de fortalecer a acção colectiva para monitorar e influenciar as Políticas Públicas.