Cacilda da Graça Macamo tem 18 anos de idade e vive com os pais e mais três irmãos no Bairro de Ka-Maxaqueni, na Cidade de Maputo. Ela e os irmãos vivem em condições de vulnerabilidade, pois seu pai não trabalha e sua mãe vende verduras em uma banquinha próximo a estrada, o que não é suficiente para o sustento da família e custear os estudos da Cacilda.



Cacilda é beneficiária do programa de Empoderamento Económico e Geração de Renda para raparigas que vivenciaram uma gravidez precoce, outras resgatadas de uniões prematuras e ou vulneráveis no Distrito de Ka-Maxaqueni. O programa enquadra - se no âmbito do Projecto “Prevenção e Redução da Violência Baseada no Género, Gravidezes Precoces e Uniões Prematuras em Moçambique e Zimbabwe”, implementado pelo ROSC em parceria com a AJUCOM, a KUTENGA, com o apoio do Ministério para Cooperação e Desenvolvimento da Alemanha – BMZ através da Terre Des Hommes Alemanha.

A menina Cacilda beneficiou no dia 23 de Fevereiro de 2023 de um Kit de Geração de Renda que consistiu nos seguintes produtos alimentares: Feijão, açúcar e óleo. Depois de receber os produtos e iniciar o negócio, Cacilda notou baixa fluência de clientes. Preocupada com a situação, buscou entender quais eram as causas da fraca afluência, tendo notado que ao seu redor outros comerciantes vendiam os mesmos produtos a preços mais atractivos.

Cacilda contou a equipa do ROSC que lembrou das aulas de marketing e diversificação de negócio que teve durante a capacitação e começou a pensar que outro tipo de negócio poderia desenvolver com os produtos que tinha, tendo notado que a nível do seu bairro havia uma padaria, daí encontrou uma oportunidade de fazer “badjias” (pastéis de feijão Nhemba) com o apoio da mãe.

A venda de pastéis de feijão Nhemba mostrou-se bastante lucrativa para Cacilda ao ponto de poupar quinzenalmente 700 meticais para realizar os seus sonhos. Graças ao negócio, Cacilda consegue pagar o seu curso de Inglês, enquanto aguarda o próximo ano (2024) para concorrer e ingressar ao curso de Medicina, uma vez que este ano (2023) não conseguiu concorrer por falta de condições.

“Escolhi fazer o curso de inglês porque sei que com isso podem surgir algumas oportunidades ao longo do tempo, mas também estou a poupar algum dinheiro porque quero entrar na faculdade e fazer o curso de Medicina, quero ser pediatra para cuidar de Crianças” – disse Cacilda.

Assim, o ROSC promete continuar a acompanhar a caminhada da Cacilda rumo aos seus objectivos, aconselhando e ajudando de acordo com o que está plasmado no projecto em questão.

 

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