https://revistagalileu.globo.com/Ciencia).
Comemora-se hoje (11) o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência. A data foi escolhida durante um fórum sobre saúde feminina e desenvolvimento, organizado pela ONU em parceria com a Royal Academy of Science International Trust (RASIT), ONG que promove a educação de jovens para a ciência (
Esta data tem como objectivo encorajar as mulheres mais jovens a abraçar a carreira científica.
Sabe-se, porém, de antemão que as mulheres e raparigas tem enfrentado muitos problemas desde a falta de oportunidades para a sua inserção na escola, aonde mesmo estando elas matriculadas nas escolas estão enfadadas a invisibilidade, opressões e violências que recaem sobre as mesmas em detrimento dos rapazes. A uma necessidade de incluir as raparigas no processo da escolarização para que as mesmas possam fazer face a defesa dos seus direitos.
Para isso o número 5 do Objectivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelece “alcançar a igualdade do género e empoderar todas as mulheres e meninas” para que as mesmas possam estar equipadas e prontas a lutar e defender os seus direitos.
De acordo com a nota publicada no site da ONU, aonde se destaca que nos últimos 15 anos a comunidade global fez um grande esforço para inspirar e envolver mulheres e meninas na ciência e, que apesar desse esforço as mesmas continuam sendo excluídas de participar plenamente na ciência (https://news.un.org/pt/).
A mesma fonte refere ainda que menos de 30% dos pesquisadores em todo o mundo são mulheres, o que nos remete a seguinte questão: O que falta para que a percentagem das mulheres cresça nesta carreira que desde cedo se supõe que sejam os homens a tomar dianteira em quase tudo que tem a ver com a carreira da ciência.
Achamos nós que é preciso quebrar as barreiras e instigar as raparigas desde a tenra idade para que se possam interessar por esta carreira e que se possa conquistar este espaço. É preciso encorajar as raparigas e mulheres a lutar, conquistar e a defender cada vez mais o seu espaço na área da ciência.
Também é preciso encorajar e criar espaços para que as mulheres e raparigas conheçam os seus direitos e que se possa garantir que as mulheres e raparigas tenham as mesmas oportunidades que os homens e rapazes, uma vez que temos verificado que em situações de vulnerabilidade são as primeiras a ficarem sem educação entre outras oportunidades que poderão recair para os rapazes em detrimento das meninas.
Em Moçambique como em muitos países africanos tem se verificado que as raparigas têm ficado com os papéis tradicionais dedicados ao género como por exemplo os trabalhos domésticos e muitas das vezes acabam não dando importância a ida a escola.
Fotografia: ITU Pictures