Valódia Nhamango, Oficial de Programas da Associação Moçambicana para a Promoção e Desenvolvimento da Mulher (MALHALHE), falava ontem (16), no segundo dia da Capacitação aos Sentinelas de Inhambane, na cidade de Maxixe, que os Sentinelas para além de identificar, encaminhar e colher evidências, os mesmos tinham a obrigação de levar a cabo acções que incentivam adopção de medidas preventivas, tais como a ministração de palestras sobre os Direitos das Crianças e das Raparigas e ainda, sobre os serviços disponíveis para este grupo – alvo.

"Para além de identificar, colher e encaminhar casos que atentam contra a violação dos direitos das crianças, os Sentinelas tem a tarefa de adoptar medidas preventivas para que os mesmos direitos sejam observados”, afirmou Valódia Nhamango.

Coube a Francisca Noronha, Oficial de Comunicação e Advocacia do ROSC, fazer a facilitação do Módulo III que consistia em dotar de conhecimentos aos Sentinelas em Comunicação Áudio Visual e a segunda parte do Módulo III, debruçou-se sobre Gestão e Reporte de Casos que foi facilitada pela Oficial de Monitoria da MALHALHE, Vanda Massingue.

Noronha instruiu os sentinelas sobre as estratégias de comunicação para advocacia que os Sentinelas devem usar para que sejam capazes de comunicar de forma assertiva com os diferentes actores, principalmente com as vítimas com vista a alcançar os seus objetivos.
Entre ensaios em peças teatrais por forma a saber quais os passos a seguir para encaminhar um caso, o uso de fotografia e de filmagem, os Sentinelas concordaram que a sessão foi um exercício de extrema importância para a percepção sobre como lidar com os desafios no terreno, para além de os elucidar sobre a realidade com a qual encontrarão no dia a dia.

Para completar esta secção, a Oficial de Monitoria e Avaliação da MALHALHE, debruçou-se sobre os mecanismos de reporte e gestão de casos, onde encorajou os Sentinelas a trabalharem sempre com os instrumentos disponibilizados pelo ODC para facilitar o encaminhamento dos casos, pois em seu entender, estes instrumentos como a Ficha de Registo de Casos podem evitar a omissão de dados na identificação da vítima para o devido seguimento.

Memorar que o ODC é um produto do projecto “A minha Voz Conta” uma iniciativa do Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC) e do Centro de Aprendizagem e Desenvolvimento da Sociedade Civil (CESC), em parceria com a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Mulher (MALHALHE), Associação de Protecção à Criança de Sofala (SOPROC) e a Associação Amigos da Criança Boa Esperança (ACABE) como afiliados, com o apoio da União Europeia (EU).